quinta-feira, 3 de abril de 2008





Programação do próximo fim de semana, sexta dia 04/04 e 05/04

Sexta 04/04


Sexta do vinil com:

DJ BASSMAN'60 - Rock n Roll, Pré-Punk, New-Wave, Black Music

DJ JONNATA DOLL - Rock n Roll, New-Wave

COLECIONADORES CONVIDADOS: KID JÚNIOR E PATRÍCIA - Rock n Roll, Pré-Punk, Black Music


a partir das 21h, sem couvert

Os discos do cartaz são uma pequena mostra do que vai rolar nessa sexta, sem falar que praticamente a Kohbaia inteira vai discotecar nesse dia! Portanto a noite mais que promete... apareçam!!!!

Sábado 05/04

Decadance Avéc Elegance



Rock Brasileiro: de Demétrius a Kohbaia ou "de Celi Campelo a Júpiter Maçã"

DJ Raphael Cruz - Rock Nacional 60's (ver cartaz para detalhes)

DJ Bassman'60 - Rock Nacional 70's (ver cartaz para detalhes)

DJ Lenildo Gomes - Rock Nacional 80's, 90's, 00's e bandas locais (ver cartaz para detalhes)

traje: opcional, de acordo com a época de sua preferência


a partir das 21h, sem couvert

Avenida Santos Dumont 2511 (esquina com Tibúrcio Cavalcante)

Sobre a festa de sábado ja deu pra notar que vamos tocar apenas rock brasileiro, mesmo que cantado em outra língua, notadamente o inglês! Vamos começar desde os primórdios nos anos 50 quando em 1957 Betinho e Seu Conjunto gravou, nos estúdios da rádio Record, o primeiro rock brasileiro com guitarra elétrica chamado “Enrolando o Rock”... em todo o caso, em minha humilde opnião o rock brasileiro nasceu tão logo Elvis Presley disparou o primeiro dos três acordes de That's Alright Mama, e as primeiras cenas de "Rock Around The Clock/Balanço das Horas" - passaram nas telas dos cinemas brasileiros, com a trilha sonora de Bill Halley & His Comets. Em meados dos anos 50, inicialmente pelas mãos e vozes de orquestras de baile e cantores populares, como Betinho e Seu Conjunto, Nora Ney e Cauby Peixoto, o rock and roll tomou conta dos rádios, televisões e produziu ídolos como Sérgio Murillo, Tony e Celly Campello. Em seguida, com a entrada em cena da fase instrumental, os novos roqueiros agregaram à história do rock nacional os sons das guitarras, influenciados por grupos como os ingleses Shadows e os americanos Ventures, ampliando a cultura musical da juventude. Depois, nos anos 60, com a chegada dos Beatles, dos Rolling Stones e Jimi Hendrix, vieram a Jovem Guarda, a Tropicália e o som de garagem, com seus yê-yê-yês, distorções de guitarras e contestação. A experiência acumulada desembocou na geração dos anos 70, com o rock made in Brazil, que aprofundou as misturas sonoras, incorporando o progressivo, a música rural e outros sons nordestinos.

A história do rock no Brasil é basicamente a mesma dos demais países, exceto Estados Unidos, onde ele nasceu, e Inglaterra, onde, de certa forma, o skiffle assimilou a seu jeito e de forma mais rápida a nova linguagem musical. Ao chegar em terras brasileiras, diante da inexperiência dos jovens frente ao ritmo novo, aos instrumentos e, mesmo, à falta de espaço social para a juventude, o rock and roll foi absorvido inicialmente pelas orquestras de jazz, e pelos cantores tradicionais, responsáveis pelos primeiros hits do novo gênero. Assim, Nora Ney, uma cantora de boleros e samba canção, gravou o primeiro rock – Rock Around the Clock (em inglês); Betinho e seu Conjunto é responsável pelo primeiro rock com guitarra elétrica, o clássico Enrolando o Rock, onde tocou uma Fender Stratocaster; e, ainda, é do compositor Miguel Gustavo, com interpretação de Cauby Peixoto, o primeiro rock com letra em português – Rock and Roll em Copacabana. Mas, de forma especial, foi com a exibição do filme Balanço das Horas (Rock Around the Clock), com trilha sonora de Bill Halley & His Comets, que o rock and roll estourou no país, provocando tamanha confusão nos cinemas, que levou, por exemplo, o governador de São Paulo, Jânio Quadros, a emitir "Nota Oficial", com o seguinte conteúdo: "Determine à polícia deter, sumariamente, colocando em carro de preso, os que promoverem cenas semelhantes. Se forem menores, entregá-los ao honrado Juíz. Providências drásticas". Também marco histórico do nascimento do rock nacional é o 78rpm com as músicas Forgive Me/Handsome Boy, gravado em 1958 pelos irmãos Tony Campello e Celly Campello, vindos do interior de São Paulo, que abriu definitivamente o caminho do disco, dos programas de rádio e televisão e shows. Depois, vieram Sérgio Murilo, Demétrius, Baby Santiago, Wilson Miranda, Ronnie Cord e outros, como Erasmo Carlos (com os Snakes), Eduardo Araújo, Albert Pavão e Renato e Seus Blue Caps, que fizeram a história daquela e das futuras gerações. Entre os clássicos da época, destacaram-se, entre outros, Rock de Morte (Sérgio Murilo), Rock do Saci (Demétrius), Bata Baby (Wilson Miranda), Estou Louco (Baby Santiago), Vigésimo Andar (Albert Pavão), Banho de Lua (Celly Campello), Rua Augusta (Ronnie Cord), Baby Rock (Tony Campello) e Diana (Carlos Gonzaga).







A década de sessenta abriu com a mistura de rock tradicional, som instrumental, surf music e outros ritmos como o twist e o hully gully. Com o surgimento dos Beatles e dos Rolling Stones, o rock brasileiro explodiu definitivamente sob diversas formas, transformando-se em um dos mais criativos da América Latina. O movimento Jovem Guarda, liderado por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa, envolveu a maioria da juventude, com programas de televisão, shows ao vivo e inúmeros discos, entre lps e os lendários compactos. Em 1966, sob o comando de Roberto Carlos (foto), o I Festival de Conjuntos da Jovem Guarda, promovido pela TV Record, espalhou a febre do rock pelo país, que tomou conta das garagens, clubes sociais, televisões regionais, festas de igreja e aniversários. Além dos três, também destacaram-se os cantores Eduardo Araújo e Ronnie Von e os grupos Renato e Seus Blue Caps, Os Incríveis e The Fevers, entre outros. Ao lado da Jovem Guarda, também a Tropicália, eliminando as fronteiras sonoras e culturais, introduziu a guitarra na tradicional MPB e o discurso político no rock, produzindo a versão brasileira da psicodelia mundial. Neste movimento, destcaram-se intérpretes, compositores e arranjadores como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Torquato Neto, Rogério Duprat e, de forma especial, o grupo Mutantes. Ainda, além desses espaços mais visíveis, o som de garagem também marcou a sua presença no cenário roqueiro nacional, por meio de inúmeros grupos que deixaram raros lps e compactos para a história, como Som Beat, Baobás, Beat Boys e Liverpool.





















Os anos 70 foram marcados pelas bandas e intérpretes "made in Brazil", que afirmaram definitivamente a identidade do rock nacional, compondo e cantando em português e, também, ampliando o domínio da técnica, dos equipamentos e dos estúdios. Foi a década que também introduziu no país os grandes shows, tanto em casas de espetáculos, ginásios e, de forma especial, ao ar livre. Iluminados pelo exemplo dos Mutantes, dezenas de grupos desdobraram-se em variadas experiências, do rock visceral do Made In Brazil, ao progressivo Som Nosso de Cada Dia, liderado pelo ex-Incríveis Manito, passando pela psicodelia barroca d'A Barca do Sol, pelo rock rural do Ruy Maurity Trio ou pela mistura de progressivo/erudito/música regional do grupo O Terço, entre outros. Destacaram-se ainda nos anos setenta, os grupos Som Imaginário, O Peso, Bixo da Seda, Moto Perpétuo, Módulo Mil, Arnaldo (Baptista) & Patrulha do Espaço; Sá, Rodrix & Guarabira; Secos & Molhados e Veludo, Ave Sangria, de Pernambuco, entre outros. Foi também nessa década que surgiu Raul Seixas!!! Raul, depois de liderar o grupo Raulzito e Os Panteras, em meados dos anos sessenta, produziu inúmeros artistas para a CBS, entre eles Jerry Adriani. Sem esquecer que essa década também produziu malucos como Edy Star e Damião Experiênça!!!!!













Nos anos 80, o rock brasileiro se firma no mercado. Nomes consagrados da MPB e da música romântica cedem espaço nas paradas de sucesso a artistas influenciados pelas novas tendências internacionais. Punk, new wave e reggae ecoam no Brasil. O grupo Blitz, liderado por Evandro Mesquita, é o primeiro fenômeno espontâneo. Sua música "Você não soube me amar", de 1982, é sucesso nacional. Segue-se um surto de novos talentos, como Barão Vermelho, que tem Cazuza, considerado o maior letrista do rock brasileiro dos anos 80, Kid Abelha & os Abóboras Selvagens, Legião Urbana, Paralamas do Sucesso e Camisa de Vênus. São eles os novos interlocutores da juventude. Uma fusão de MPB com a música pop internacional ganha espaço no rádio. Eduardo Duzek, Marina Lima, Lulu Santos, Lobão e Ritchie são os representantes dessa tendência. O grupo paulistano RPM, liderado por Paulo Ricardo, chega a vender 2 milhões de discos entre 1986 e 1988. Ainda de São Paulo emergem Ultraje a Rigor (com a música Inútil) e Titãs, cujo disco Cabeça dinossauro transforma-se em marco da musicalidade produzida no período. Gostaria de fazer uma menção especial ao Replicantes, não porque tive o prazer de tocar com o Wander Wildner com a Kohbaia como banda de apoio, mas por ser uma das bandas que influenciaram bastante o Jonnata Doll, vocalista e principal compositor da Kohbaia. Foi muito bom o fato do Wander Wildner ter ficado basicamente dois dias andando com agente; tendo ido, inclusive, a uma noite na "Fun House" onde participou de todas as "coisas" e ganhou até um vinil do Neil Young, me deu um DVD da turnê do Replicantes pela Europa e conheceu o Jonathan Richman and the Modern Lovers pela primeira vez e ficou de cara! E eu fiquei de cara por ele não conhecer, já que ele é oriundo dos anos 80! Pois bem vamos ao Replicantes...

Em 16 de maio de 1984, com Wander Wildner (vocal), Cláudio Heinz (guitarra), Heron Heinz (baixo) e Carlos Gerbase (bateria), a banda se apresentou profissionalmente pela primeira vez, no Bar Ocidente, em Porto Alegre.

Até 2006, gravaram dez discos, duas fitas de vídeo, um DVD e fizeram duas turnês pela Europa.

Em 1984, gravam a música Nicotina num estúdio de jingle, de quatro canais, com a ajuda de Carlos Eduardo Miranda. Levaram a música para a recém criada Rádio Ipanema FM, que a incluiu na programação.

Em 1985 eles passam a fazer mais shows, gravam um videoclipe de Nicotina, o primeiro da história do rock gaúcho, e resolvem gravar seu primeiro disco: um compacto duplo (vinil) com quatro músicas: "Nicotina", "Rock Star", "O Futuro é Vortex" e "Surfista Calhorda". O disco é distribuído pelo selo Vortex, dos próprios Replicantes. De forma independente, o compacto chega em várias cidades brasileiras e vende duas mil cópias.

Veja uma lista das bandas nacionais que mais se destacaram nos anos 80:

Blitz, Barão Vermelho, Camisa de Vênus, Titãs, Ultraje a Rigor, Ira!, Legião Urbana, Os Paralamas do Sucesso, Cabine C, Kid Abelha & os Abóboras Selvagens, Heróis da Resistência, João Penca e os Miquinhos Amestrados, Capital Inicial, Plebe Rude, Finis Africae, Lobão e os Ronaldos, Lulu Santos, Kiko Zambianchi, Os Inocentes, Cólera, Ratos de Porão, Garotos Podres, Olho Seco e Mercenárias.

Replicantes





Nos anos 90, aparecem grupos cantando em inglês, que abrem perspectivas de sucesso internacional. O grupo mineiro Sepultura consagra-se na Europa e nos Estados Unidos. A partir de 1993 voltam a fazer sucesso bandas que cantam em português e incorporam ritmos regionais nordestinos, como os Raimundos (de Brasília) e Chico Science & Nação Zumbi e Mundo Livre S/A (do Recife).

Atualmente eu não sou muito indicado pra falar pq sinceramente não é muito minha praia, apesar de gostar de muita coisa, no entanto, não me sinto apto pra isso!!!! mas posso dizer que Lenildo Gomes vai se garantir e nessa parte, assim como na parte dedicada as bandas locais.

Júpiter Maçã

Kohbaia

Plastique Noir

Dago Red

Bonecas da Barra

Dead Leaves

Capa do Disco do Reimosos

Saulo Landro da K-waves, mas aqui tocando com Kohbaia no Motel90

Bom, não preciso dizer que a pesquisa dos DJ's estará sendo novamente meticulosa e que a festa será muito boa... preparem os ouvidos, venham se divertir e estejam abertos para ouvir coisas novas, sem esquecer que vocês irão ouvir coisas familiares também! Os DJ's estão sempre dispostos a passar o que eles sabem, portanto qualquer dúvida podem chegar junto e perguntar. Tipo se vocês quiserem o nome de uma banda ou uma música.

Boa festa para todos e até lá!!!! E não esqueçam de vir caracterizados com a época que você escolher ou achar melhor!!!

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